IDÍLIO
Quando nós vamos ambos, de mãos dadas,
Colher nos vales lírios e boninas,
E galgamos dum fôlego as colinas
Dos rocios da noite inda orvalhadas;
Ou, vendo o mar das ermas cumeadas
Contemplamos as nuvens vespertinas,
Que parecem fantásticas ruínas
Ao longo, no horizonte, amontoadas:
Quantas vezes, de súbito, emudeces!
Não sei que luz no teu olhar flutua;
Sinto tremer-te a mão e empalideces
O vento e o mar murmuram orações,
E a poesia das coisas se insinua
Lenta e amorosa em nossos corações.
Antero de Quental
Um idilio maravilhoso, uma excelente escolha. Embora já no final do período quaresmal venho para desejar que a Páscoa lhe traga o renascer de tudo de bom.
ResponderEliminarBeijinhos
Maria
OLá Maria há quanto tempo!
ResponderEliminarPois é, já passou o tempo Pascal mas a Ressurreição é para todo o sempre.
Obrigada pela visita.
Beijinhos.