Plenitude
O relógio cessará o seu caminho
embora todas as cordas se partam.
Não deixa de ser primavera
só porque chegou o inverno,
E o sol segue brilhando
ainda que a lua alargue o seu mirar.
Não se termina de imaginar ao abrir os olhos,
aí começa outra vez outra vida.
Ao descobrir a manhã – tudo volta a nascer -
Inclusive a noite trina a escuridão.
Não envelheceremos os que nascemos,
só cai a folha nunca a raiz
y menos a seiva que é invisível, para as almas anciãs.
Não apodrece a doçura,
na sua fronte não leva a marca de validade;
nem a senda morre por falta de caminhantes.
Segue o sussurro dos sinos
nos ouvidos que recordam a sua voz e não declinam,
por não encontrar peregrinos do silencio.
Este momento é tão breve…
que não tem fim.
(Tradução de Flor)