segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Respiro o teu corpo...

Respiro o teu corpo:
sabe a lua-de-água
ao amanhecer,
sabe a cal molhada,
sabe a luz mordida,
sabe a brisa nua,
ao sangue dos rios,
sabe a rosa louca,
ao cair da noite
sabe a pedra amarga,
sabe à minha boca.

            Eugénio de Andrade

3 comentários:

  1. Un poema de lo más sensual, bella Flor.

    Es maravilloso que un bello cuerpo sepa a nuestra boca.

    Besos.

    ResponderEliminar
  2. Passar por aqui é respirar poesia.

    Beijinho.

    ResponderEliminar
  3. Que gusto de poema, muy sabroso. Un placer pasar por tu blog. Bicos

    ResponderEliminar

.

.


Related Posts with Thumbnails

Número total de visualizações de páginas